O programa Luz Para Todos foi criado no começo dos anos 2000, e tem o principal objetivo de levar energia elétrica às regiões remotas e de acesso é difícil onde não há esse tipo de serviço aos brasileiros. O objetivo do Programa Luz para Todos é o atendimento inicial das famílias do meio rural que nunca tiveram acesso ao serviço público da energia elétrica. A ligação do poço de água e de outras benfeitorias dentro da propriedade deverá ser efetuada pelo próprio interessado a partir da instalação elétrica existente no seu domicílio.
Com os recentes apagões que ocorreram no Amapá, despertou na equipe de jornalismo do j832 saber como está sendo realizado esse programa naquele estado. Apenas 4, dos 16 municípios o processo caminha de bengala, Oiapoque, Mazagão, Vitória do Jari e Calçoene. Esses municípios são exatamente aqueles que o programa é geridos pela CEA, a companhia estadual . Os outros 12, abarcados pela Eletronorte estão em plena andamento dentro dos cronogramas federal.
A CEA, que vem passando por um desmonte institucional, resultado das más administrações passadas, não consegue mais tomar fôlego para prestar os serviços a sua população e vive envolta em sucessivas intervenções. O atual diretor presidente, Marcos Pereira, que apenas recentemente assumiu o cargo, tem unido esforços para fazer com que a CEA se mantenha operativa..
O programa Luz Para Todos, nos quatro municípios administrados pela CEA ainda dependem de licitações. As licitações para contratação das empreiteiras são realizadas pelas concessionárias de energia elétrica nos estados sem nenhuma interferência do Ministério de Minas e Energia, Coordenação do Programa ou do próprio Comitê Gestor. Os recursos são repassados para as concessionárias à medida que as obras são executadas, e somente para as obras totalmente concluídas, ou seja, quando o solicitante já está utilizando a energia elétrica em seu domicílio. Desta forma, esse quatro munícipios, o Amapá ainda não ultrapassou a fase de licitação.
O Juiz Federal João Bosco, que tem acompanhado muito proximamente esse processo, dada a algumas ações que tramitam na esfera federal, informou que ainda vão ser licitadas o Luz Para Todos, no Amapá, e espera que esse processo ande com celeridade. O que se vê é a lentidão e a falta de compromisso dos gestores públicos em fazer realizar o sonho da energia elétrica para as comunidades mais distantes.
Os impactos ambientais (edificação de torres, linhas de transmissão em terras de proteção ambiental, aldeias indígenas, etc) são os mais variados, uma vez que quase em que sua totalidade o estado do Amapá é acobertado pelas Leis de proteções ambientais, a exemplo do município do Oiapoque que para se conseguir levar essa energia até lá, invade-se o parque do Tumucumaque, uma das maiores áreas de preservação ambiental do planeta.
Luz Para Todos, um sonho ainda distante para o amapaense, pelo pisar da administração pública amapaense, lógico.